A Margem da Estrada Não passes pelo mundo sem acrescentar o teu tijolo à magnífica construção do bem. Não permitas que os teus dias se escoem sem que algo faças de útil em benefício do próximo. Não deixes que a tua oportunidade de servir se perca no grande vazio das horas inúteis. Não consintas em viver exclusivamente para os interesses pessoais. Não adotes o comodismo por norma de conduta, refletindo que Jesus permanece no madeiro, braços abertos, à nossa espera. Enquanto tens forças para caminhar, sai de ti mesmo ao encontro daqueles que choram à margem da estrada... Atende-os, como se fossem eles – e realmente o são – vida de tua própria vida. Liberta-te dos pesados grilhões da indiferença! Sê a fonte de água pura para os sedentos, a côdea de pão para os famintos, a veste aconchegante para os que sentem frio, o bálsamo para as feridas que sangram, a mão amiga para os que tropeçam, o consolo para os que sofrem....
A Sombra A sombra de mim, Do que fui, Do que alguma vez quis ser, Do que sou Ou do que nunca irei ser! Tudo é confuso e complicado Mesmo tendo ao nosso lado O que é necessário para viver, Para ser feliz. A sombra do que deixamos Para trás, Do que vivemos E do que não vivemos Mas que gostaríamos de viver. Os sentimentos que guardamos, Que não declaramos E deixamos cair no esquecimento. Todas as incertezas Que nos deixam perdidos, Confusos, até. O significado do que é E do que foi, E o que realmente importa. Os momentos, o tempo que vivemos, para por no blog Do qual ficaram Os sentimentos, apenas. E o medo? O medo de fracassar, De não termos feito Tudo o que era da nossa vontade. De gritar o amor que mora Dentro do nosso peito, De abrir a nossa alma ao desconhecido. De arriscar viver sem ter Medo de nos perdermos. A sombra que nos cega E nos faz sentir medo de perder, Fecha-nos o coração Ao amor, à vida!
DEIXE-ME ENVELHECER! Deixem-me envelhecer sem compromissos e cobranças, Sem a obrigação de parecer jovem e ser bonita para alguém,
Quero ao meu lado quem me entenda e me ame como eu sou,
Um amor para dividirmos tropeços desta nossa última jornada,
Quero envelhecer com dignidade, com sabedoria e esperança,
Amar minha vida, agradecer pelos dias que ainda me restam,
Eu não quero perder meu tempo precioso com aventuras,
Paixões perniciosas que nada acrescentam e nada valem.
Deixem-me envelhecer com sanidade e discernimento,
Com a certeza que cumpri meus deveres e minha missão,
Quero aproveitar essa paz merecida para descansar e refletir,
Ter amigos para compartilharmos experiências, conhecimentos,
Quero envelhecer sem temer as rugas e meus cabelos brancos,
Sem frustrações, terminar a etapa final desta minha existência,
Não quero me deixar levar por aparências e vaidades bobas,
Nem me envolver com relações que vão me fazer infeliz.
Deixem-me envelhecer, aceitar a velhice com suas mazelas,
Ter a certeza que minha luta não foi em vão: teve um sentido,
Quero envelhecer sem temer a morte e ter medo da despedida,
Acreditar que a velhice é o retorno de uma viagem, não é o fim,
Não quero ser um exemplo, quero dar um sentido ao meu viver,
Ter serenidade, um sono tranquilo e andar de cabeça erguida,
Fazer somente o que eu gosto, com a sensação de liberdade,
Quero saber envelhecer, ser uma velha consciente e feliz!!!
No dia em que tu e eu partirmos, haverá sol. Ou chuva. Ou estará nublado. No dia em que tu e eu partirmos, amanhecerá. Ou entardecerá ou anoitecerá... No dia em que tu e eu partirmos os sinos irão tocar, mas a vida continuará. As crianças irão para a escola. Os carros andarão de um lado para o outro. No dia em que tu e eu partirmos, os pássaros cantarão. As estrelas aparecerão no céu. Ou simplesmente não brilharão. No dia em que tu e eu partirmos será Verão, ou Inverno. Será Outono? Primavera, talvez? No dia em que tu e eu partirmos não vamos juntos. Pois todos nós partimos sozinhos. Numa solidão que nos acompanhou sempre. Mesmo quando estávamos no meio de uma multidão. No dia em que tu e eu partirmos, não levamos nada. Não escolhemos nada. Não decidimos mais. No dia em que tu e eu partirmos levamos apenas o coração das pessoas que amamos e ficamos naqueles para quem seremos saudade. Levamos e ficamos em corações. Só aí seremos imortais. No dia em que tu e eu morrermos perceberemos a nossa pequenez, a nossa fragilidade, que se dissipa quando batemos forte no coração de alguém.
Para além da curva da estrada. Talvez haja um poço, e talvez um castelo. E talvez apenas a continuação da estrada.
Não sei nem pergunto.
Enquanto vou na estrada antes da curva.
Só olho para a estrada antes da curva.
Porque não posso ver senão a estrada antes da curva.
De nada me serviria estar olhando para outro lado.
E para aquilo que não vejo.
Importemo-nos apenas com o lugar onde estamos.
Há beleza bastante em estar aqui e não noutra parte qualquer.
Se há alguém para além da curva da estrada.
Esses que se preocupem com o que há para além da curva da estrada.
Essa é que é a estrada para eles.
Se nós tivermos que chegar lá, quando lá chegarmos saberemos.
Por ora só sabemos que lá não estamos.
Aqui há só a estrada antes da curva, e antes da curva.
Há a estrada sem a curva nenhuma.
Autor: Alberto Caieiro (Heterónimo de Fernando Pessoa)
Nós ganhamos a vida, neste planeta, pra cumprirmos -- cada um de nós -- a sua missão. Às vezes, por mais energia que possamos dispensar nesta caminhada... nossa estrada se bifurca e podemos, eventualmente, escolher a direção errada. Somos humanos... temos inteligência, temperamento, personalidade... e ainda por sobre tudo isso, sofremos influência da sociedade, da família, dos amigos... até dos grupos casuais que passamos a fazer parte.
E nesse emaranhado de pessoas a nossa volta... algumas chamam a nossa atenção, por algum fator, alguma qualidade... talvez afinidades... ou, quem sabe, por vibrarem na mesma faixa de energia sutil em que transitamos.
Não importam as pedras no caminho... os buracos da estrada... os tropeços nas veredas.
As tempestades existirão sempre... os vendavais e os temporais exigirão nossa força, nossa fé, nossa união, nossa perseverança.
Portanto,... você me levanta, e eu te levanto... SEMPRE.
O amor é as duas coisas. È rico e é doloroso, é agonia e é êxtase, o amor é o encontro entre a terra e o céu, entre o conhecimento e o desconhecido, entre o visível e o invisível. O amor é a fronteira que divide matéria e consciência, a fronteira entre o nível mais baixo e o nível mais elevado. O amor tem raízes na terra; essa é a sua dor, a sua agonia. E o amor tem ramificações no céu; esse é o êxtase. O amor não é um fenómeno simples, é dual. È uma corda esticada entre duas polaridades. È fundamental que entenda estas duas polaridades: uma é o sexo, a outra é a oração. O amor é a corda esticada entre o sexo e a oração; parte dele é sexo, a outra parte é oração. A parte sexual está destinada a trazer tristeza, a parte que pertence á oração trará muitas alegrias. Portanto vai ser difícil renunciar ao amor, porque, ao renunciar ao amor, a pessoa tem medo de renunciar ás alegrias vindouras. Também é difícil entregar-se completamente a ele, porque todos esses sofrimentos o levam uma e outra vez a querer renunciar a ele. Esta é a tristeza do amante: o amante vive em tensão, vive afastado.
Autor: Rajneesh Chandra Mohan Jain - Osho ( A vida, o Amor e o Riso)
A solidão é nos momentos de tristeza e desespero, olhar em volta e não ver ninguém e pensar: "Mas uma vez sozinho", – pergunto "Por que?" E sem esperar a resposta, cerro os punhos e sigo em frente, sem saber aonde estou indo.
A verdadeira solidão é gritar em silêncio o nome de alguém que não nos ouve, procurar calor numa voz distante, rasgar-se de desejo por um corpo que não nos quer. Esperar pela chuva no deserto, querer saciar a sede num mar de areia, alimentar um sonho impossível.
E aquele adeus sofrido que não se consegue dizer…
A verdadeira solidão é chorar a dor de não ter um lugar no coração de alguém que já ocupou o nosso, é sentir-se desprotegido, desamparado e vulnerável sem chão.
É amar e não ser amado.
Era uma vez um pequeno cacto solitário no deserto árido que vivia feliz sob o sol escaldante e nunca reclamava de seu isolamento. Porém, em um momento de introspecção, percebeu que faltava em sua existência, a de afeto.
Ele tentou fazer amizade com os outros cactos próximos, mas eles eram espinhosos e desconfiados e recusaram sua companhia. O cacto então resignou-se à sua solidão.
Mas um dia um pássaro errante voou para seu galho e cantou uma doce melodia. O cacto sentiu-se, pela primeira vez em muito tempo, acompanhado e feliz. A partir desse dia, o pequeno cacto esperava a chegada do pássaro todas as manhãs para ouvir sua voz harmoniosa.
A lição dessa história é que todos nós precisamos de afeto e companheirismo em nossas vidas. Mesmo o ser mais isolado pode encontrar a felicidade em uma amizade inesperada. Portanto, não se limite ao mundo, mantenha o coração aberto e a felicidade chegará até você.
Dizer adeus às pessoas, hábitos, objetos, lugares não é fácil. É a pior sensação do mundo perceber que não vamos mais viver aquilo novamente ou que nunca mais Ele está em cada etapa encerrada da nossa vida. Está nos sonhos que desistimos ou naqueles que concluímos. Ele está estampado no rosto, no corpo e em cada fio de cabelo que cai. Está emoldurado naqueles porta-retratos e naqueles álbuns de família que, volta e meia, paramos para olhar. O adeus está no fim de cada dia e de cada ano. É inegável que isso não vá acontecer com tudo e todos em nossa vida porque sempre haverá aquilo e aqueles que são permanentes. Entretanto, esses adeuses são uma realidade em nossa porta. E sabe de uma coisa? Deixe que eles entrem e se acomodem. Permita-se dizer adeus, ame dizer adeus (seja ele de qual tipo for) e não encare sempre como algo negativo, como perda, como dano... É como um decompositor que desconstrói e rompe um pouquinho diariamente, mas que no final também está nos transformando e nutrindo. Sobretudo, perceba que há por detrás de cada um deles uma porta que se fecha, mas também uma que se abre revelando grandes horizontes e jornadas.
Respostas
A Margem da Estrada
Não passes pelo mundo sem acrescentar o teu tijolo à magnífica construção do bem.
Não permitas que os teus dias se escoem sem que algo faças de útil em benefício do próximo.
Não deixes que a tua oportunidade de servir se perca no grande vazio das horas inúteis.
Não consintas em viver exclusivamente para os interesses pessoais.
Não adotes o comodismo por norma de conduta, refletindo que Jesus permanece no madeiro, braços abertos, à nossa espera.
Enquanto tens forças para caminhar, sai de ti mesmo ao encontro daqueles que choram à margem da estrada...
Atende-os, como se fossem eles – e realmente o são – vida de tua própria vida.
Liberta-te dos pesados grilhões da indiferença!
Sê a fonte de água pura para os sedentos, a côdea de pão para os famintos, a veste aconchegante para os que sentem frio, o bálsamo para as feridas que sangram, a mão amiga para os que tropeçam, o consolo para os que sofrem....
Autor: XAVIER, Francisco Cândido
Conceição
A Sombra
A sombra de mim,
Do que fui,
Do que alguma vez quis ser,
Do que sou
Ou do que nunca irei ser!
Tudo é confuso e complicado
Mesmo tendo ao nosso lado
O que é necessário para viver,
Para ser feliz.
A sombra do que deixamos
Para trás,
Do que vivemos
E do que não vivemos
Mas que gostaríamos de viver.
Os sentimentos que guardamos,
Que não declaramos
E deixamos cair no esquecimento.
Todas as incertezas
Que nos deixam perdidos,
Confusos, até.
O significado do que é
E do que foi,
E o que realmente importa.
Os momentos, o tempo que vivemos,
para por no blog
Do qual ficaram
Os sentimentos, apenas.
E o medo?
O medo de fracassar,
De não termos feito
Tudo o que era da nossa vontade.
De gritar o amor que mora
Dentro do nosso peito,
De abrir a nossa alma ao desconhecido.
De arriscar viver sem ter
Medo de nos perdermos.
A sombra que nos cega
E nos faz sentir medo de perder,
Fecha-nos o coração
Ao amor, à vida!
Autor: Sandra Rodrigues
Conceição. V.
DEIXE-ME ENVELHECER!
Deixem-me envelhecer sem compromissos e cobranças,
Sem a obrigação de parecer jovem e ser bonita para alguém,
Quero ao meu lado quem me entenda e me ame como eu sou,
Um amor para dividirmos tropeços desta nossa última jornada,
Quero envelhecer com dignidade, com sabedoria e esperança,
Amar minha vida, agradecer pelos dias que ainda me restam,
Eu não quero perder meu tempo precioso com aventuras,
Paixões perniciosas que nada acrescentam e nada valem.
Deixem-me envelhecer com sanidade e discernimento,
Com a certeza que cumpri meus deveres e minha missão,
Quero aproveitar essa paz merecida para descansar e refletir,
Ter amigos para compartilharmos experiências, conhecimentos,
Quero envelhecer sem temer as rugas e meus cabelos brancos,
Sem frustrações, terminar a etapa final desta minha existência,
Não quero me deixar levar por aparências e vaidades bobas,
Nem me envolver com relações que vão me fazer infeliz.
Deixem-me envelhecer, aceitar a velhice com suas mazelas,
Ter a certeza que minha luta não foi em vão: teve um sentido,
Quero envelhecer sem temer a morte e ter medo da despedida,
Acreditar que a velhice é o retorno de uma viagem, não é o fim,
Não quero ser um exemplo, quero dar um sentido ao meu viver,
Ter serenidade, um sono tranquilo e andar de cabeça erguida,
Fazer somente o que eu gosto, com a sensação de liberdade,
Quero saber envelhecer, ser uma velha consciente e feliz!!!
Autor: Concita Weber
Conceição
No dia em que tu e eu partirmos, haverá sol. Ou chuva. Ou estará nublado.
No dia em que tu e eu partirmos, amanhecerá. Ou entardecerá ou anoitecerá...
No dia em que tu e eu partirmos os sinos irão tocar, mas a vida continuará. As crianças irão para a escola. Os carros andarão de um lado para o outro.
No dia em que tu e eu partirmos, os pássaros cantarão. As estrelas aparecerão no céu. Ou simplesmente não brilharão.
No dia em que tu e eu partirmos será Verão, ou Inverno. Será Outono? Primavera, talvez?
No dia em que tu e eu partirmos não vamos juntos. Pois todos nós partimos sozinhos. Numa solidão que nos acompanhou sempre. Mesmo quando estávamos no meio de uma multidão.
No dia em que tu e eu partirmos, não levamos nada. Não escolhemos nada. Não decidimos mais.
No dia em que tu e eu partirmos levamos apenas o coração das pessoas que amamos e ficamos naqueles para quem seremos saudade.
Levamos e ficamos em corações.
Só aí seremos imortais.
No dia em que tu e eu morrermos perceberemos a nossa pequenez, a nossa fragilidade, que se dissipa quando batemos forte no coração de alguém.
Autor: Marisa Sousa
Conceição
Para além da curva da estrada.
Talvez haja um poço, e talvez um castelo.
E talvez apenas a continuação da estrada.
Não sei nem pergunto.
Enquanto vou na estrada antes da curva.
Só olho para a estrada antes da curva.
Porque não posso ver senão a estrada antes da curva.
De nada me serviria estar olhando para outro lado.
E para aquilo que não vejo.
Importemo-nos apenas com o lugar onde estamos.
Há beleza bastante em estar aqui e não noutra parte qualquer.
Se há alguém para além da curva da estrada.
Esses que se preocupem com o que há para além da curva da estrada.
Essa é que é a estrada para eles.
Se nós tivermos que chegar lá, quando lá chegarmos saberemos.
Por ora só sabemos que lá não estamos.
Aqui há só a estrada antes da curva, e antes da curva.
Há a estrada sem a curva nenhuma.
Autor: Alberto Caieiro (Heterónimo de Fernando Pessoa)
Conceição
Nós ganhamos a vida, neste planeta, pra cumprirmos -- cada um de nós -- a sua missão.
Às vezes, por mais energia que possamos dispensar nesta caminhada... nossa estrada se bifurca e podemos, eventualmente, escolher a direção errada.
Somos humanos... temos inteligência, temperamento, personalidade... e ainda por sobre tudo isso, sofremos influência da sociedade, da família, dos amigos... até dos grupos casuais que passamos a fazer parte.
E nesse emaranhado de pessoas a nossa volta... algumas chamam a nossa atenção, por algum fator, alguma qualidade... talvez afinidades... ou, quem sabe, por vibrarem na mesma faixa de energia sutil em que transitamos.
Não importam as pedras no caminho... os buracos da estrada... os tropeços nas veredas.
As tempestades existirão sempre... os vendavais e os temporais exigirão nossa força, nossa fé, nossa união, nossa perseverança.
Portanto,... você me levanta, e eu te levanto... SEMPRE.
Autor: SuspirosPoéticos
Conceição
O amor é as duas coisas. È rico e é doloroso, é agonia e é êxtase, o amor é o encontro entre a terra e o céu, entre o conhecimento e o desconhecido, entre o visível e o invisível.
O amor é a fronteira que divide matéria e consciência, a fronteira entre o nível mais baixo e o nível mais elevado. O amor tem raízes na terra; essa é a sua dor, a sua agonia. E o amor tem ramificações no céu; esse é o êxtase.
O amor não é um fenómeno simples, é dual. È uma corda esticada entre duas polaridades. È fundamental que entenda estas duas polaridades: uma é o sexo, a outra é a oração. O amor é a corda esticada entre o sexo e a oração; parte dele é sexo, a outra parte é oração.
A parte sexual está destinada a trazer tristeza, a parte que pertence á oração trará muitas alegrias. Portanto vai ser difícil renunciar ao amor, porque, ao renunciar ao amor, a pessoa tem medo de renunciar ás alegrias vindouras.
Também é difícil entregar-se completamente a ele, porque todos esses sofrimentos o levam uma e outra vez a querer renunciar a ele. Esta é a tristeza do amante: o amante vive em tensão, vive afastado.
Autor: Rajneesh Chandra Mohan Jain - Osho ( A vida, o Amor e o Riso)
Conceição Valadares
Verdadeira Solidão
A solidão é nos momentos de tristeza e desespero, olhar em volta e não ver ninguém e pensar:
"Mas uma vez sozinho", – pergunto "Por que?"
E sem esperar a resposta, cerro os punhos e sigo em frente, sem saber aonde estou indo.
A verdadeira solidão é gritar em silêncio o nome de alguém que não nos ouve, procurar calor numa voz distante, rasgar-se de desejo por um corpo que não nos quer. Esperar pela chuva no deserto, querer saciar a sede num mar de areia, alimentar um sonho impossível.
E aquele adeus sofrido que não se consegue dizer…
A verdadeira solidão é chorar a dor de não ter um lugar no coração de alguém que já ocupou o nosso, é sentir-se desprotegido, desamparado e vulnerável sem chão.
É amar e não ser amado.
Autor: Alexandre Oliveira
Era uma vez um pequeno cacto solitário no deserto árido que vivia feliz sob o sol escaldante e nunca reclamava de seu isolamento. Porém, em um momento de introspecção, percebeu que faltava em sua existência, a de afeto.
Ele tentou fazer amizade com os outros cactos próximos, mas eles eram espinhosos e desconfiados e recusaram sua companhia. O cacto então resignou-se à sua solidão.
Mas um dia um pássaro errante voou para seu galho e cantou uma doce melodia. O cacto sentiu-se, pela primeira vez em muito tempo, acompanhado e feliz. A partir desse dia, o pequeno cacto esperava a chegada do pássaro todas as manhãs para ouvir sua voz harmoniosa.
A lição dessa história é que todos nós precisamos de afeto e companheirismo em nossas vidas. Mesmo o ser mais isolado pode encontrar a felicidade em uma amizade inesperada. Portanto, não se limite ao mundo, mantenha o coração aberto e a felicidade chegará até você.
Autor: Desconhecido
Conceição
Dizer adeus às pessoas, hábitos, objetos, lugares não é fácil. É a pior sensação do mundo perceber que não vamos mais viver aquilo novamente ou que nunca mais Ele está em cada etapa encerrada da nossa vida. Está nos sonhos que desistimos ou naqueles que concluímos. Ele está estampado no rosto, no corpo e em cada fio de cabelo que cai. Está emoldurado naqueles porta-retratos e naqueles álbuns de família que, volta e meia, paramos para olhar. O adeus está no fim de cada dia e de cada ano. É inegável que isso não vá acontecer com tudo e todos em nossa vida porque sempre haverá aquilo e aqueles que são permanentes. Entretanto, esses adeuses são uma realidade em nossa porta. E sabe de uma coisa? Deixe que eles entrem e se acomodem. Permita-se dizer adeus, ame dizer adeus (seja ele de qual tipo for) e não encare sempre como algo negativo, como perda, como dano... É como um decompositor que desconstrói e rompe um pouquinho diariamente, mas que no final também está nos transformando e nutrindo. Sobretudo, perceba que há por detrás de cada um deles uma porta que se fecha, mas também uma que se abre revelando grandes horizontes e jornadas.
Autor: Anne Brito
Conceição