Fechou-se em silêncio
Mas o estrondo foi grande
Na alma e no coração dela
Onde fluía a emoção
Em sentida solidão
Fechou-se aquela porta
Por onde entravam tempestades
Impossíveis de suster
Era o inverno daqueles tempos
Agora de repente manifestados
O sentimento dominante
Era uma tristeza profunda dolente
Uma saudade amarga no peito
Que à noite se escondia
Ancorada no leito
O vazio doído fazia-se presente
No peito moído
Na banalidade dos dias
Com ausência de amanhãs
Só restava à mente
Deixar-se arrastar
E esperar que um dia
Para ela de novo se abrissem
As portas da alegria!
Ana Nobre
PORTUGAL 2023
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