Porta fechada

 

portafechada

Fechou-se em silêncio
Mas o estrondo foi grande
Na alma e no coração dela
Onde fluía a emoção
Em sentida solidão
Fechou-se aquela porta
Por onde entravam tempestades
Impossíveis de suster
Era o inverno daqueles tempos
Agora de repente manifestados
O sentimento dominante
Era uma tristeza profunda dolente
Uma saudade amarga no peito
Que à noite se escondia
Ancorada no leito
O vazio doído fazia-se presente
No peito moído
Na banalidade dos dias
Com ausência de amanhãs
Só restava à mente
Deixar-se arrastar
E esperar que um dia
Para ela de novo se abrissem
As portas da alegria!

Ana Nobre
PORTUGAL 2023
Todos os Direitos de Autor reservados nos termos da Lei 50/2004 de 24 de Agosto e 2ª versão (a mais recente) Lei nº 49/2015 de 05/06

 

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