Quando a tempestade passar,
as estradas se amansarem,
E formos sobreviventes
de um naufrágio coletivo,
Com o coração choroso
e o destino abençoado
Nós nos sentiremos bem-aventurados
Só por estarmos vivos.
E nós daremos um abraço
ao primeiro desconhecido
E elogiaremos a sorte
de manter um amigo.
E aí nós vamos lembrar
tudo aquilo que perdemos
e de uma vez aprenderemos
tudo o que não aprendemos.
Não teremos mais inveja
pois todos teremos sofrido.
o coração não terá endurecido
Seremos todos mais compassivos.
Valerá mais o que é de todos
do que o que eu nunca consegui.
Seremos mais generosos
E muito mais comprometidos
Entenderemos a fragilidade,
que significa estarmos vivos!
Vamos sentir empatia
por quem está e por quem tenha ido.
Sentiremos falta do velho
que pedia esmola no mercado,
e que nós nunca saberemos
o nome de quem sempre esteve ao nosso lado.
E talvez o velho pobre
fosse Deus disfarçado…
Mas nunca perguntaste o nome
Porque estavas apressado
E tudo será milagre!
E tudo será um legado
E a vida que ganhamos
será respeitada!
Quando a tempestade passar
Eu te peço Deus, com tristeza,
Que você nos torne melhores.
como nos havia sonhado.
Alexis Valdés
Alexis Valdés, é o autor cubano do poema ESPERANZA (Esperança)
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